Luto como mãe e as políticas de autorrepresentação no documentário brasileiro

Artigo desenvolvido por Maria Beatriz Colucci e Alinny Ayalla Cosmo dos Anjos
No ano de 2014, artigo que faz parte do livro Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais.

Em 2006, o diretor Luís Carlos Nascimento, fundador do Nós do Cinema,
hoje Escola de Audiovisual Cinema Nosso, foi convidado a transformar
em filme os depoimentos impactantes na pesquisa sobre a participação
das mulheres nos números da violência. Moura, que assina o argumento
e a produção executiva do filme, conta que, a partir das histórias de vida
que foram relatadas por mulheres que tinham perdido os seus filhos em
resultado de execuções sumárias no Rio de Janeiro, perceberam que essas
vivências não podiam ser contadas somente pelos pesquisadores.
Desta forma, de 2006 a 2009, o diretor acompanhou oito personagens principais,
mulheres que filmaram, dirigiram e roteirizaram suas narrativas de
luta por justiça.